CHAPADA DIAMANTINA


Se vc quer descobrir coisas novas que te deixam de boca aberta, esse é o lugar. Confesso que não esperava me surpreender tanto, mas aconteceu.

Fui pra Lençóis sozinha. A minha proposta, no início, era descansar e apreciar a natureza. Mas... consegui fazer isso e muito mais.


Lençóis é uma cidade graciosa. Fundada na época da descoberta de diamantes na região, os garimpeiros a tinham como posto principal. As ruas são de pedras, as casas em estilo colonial antigo e na maioria bem cuidadas, pode-se encontrar tudo por lá. O comércio é variado, mas é mais voltado para o turismo mesmo. Aliás, turista é o que não falta em Lençóis. Eles vêm de todo canto do Brasil e do mundo. E é difícil encontrar alguém que não se encante com as belezas do lugar.


* 1º dia - Quando cheguei na Rodoviária, ainda do ônibus avistei uma pessoa segurando uma plaquinha com o meu nome e o nome da pousada na qual que me hospedei “Pousada do Sossego”.


Era o Carlos (conhecido como Carlinhos), dono da pousada (junto com sua esposa Ivana) e guia da região. Caminhamos por pouco tempo até chegar na pousada e ele, durante esse pequeno percurso, me falava um pouco da história da cidade.


Na Pousada, conversamos sobre alguns roteiros, qual era a minha proposta, etc.  Mais tarde andei pela cidade e jantei no restaurante Grisante.


* 2º dia - Eu tinha fechado o passeio da Cachoeira do Sossego, mas choveu muito durante a noite e Carlinhos achou que seria perigoso fazer a trilha (por causa da chuva). Então ele pensou em outra coisa. Fomos a pé, rumo aos arredores de Lençóis. Eu, Carlinhos e Paulo (um fotógrafos em busca da aves para clicar) andamos, andamos... Carlinhos dando todos os detalhes históricos, botânicos, etc...rss. Chegamos ao Ribeirão de Cima. Lugar lindo!! Ficamos lá por algum tempo, tomando banho de rio e apreciando aquela lindeza.
De lá fomos para o turístico Ribeirão do Meio, onde nos deparamos com muita gente aproveitando aquele lugar, que tem um tobogã natural gigante!!! Aproveitei mais um pouco das águas que corriam por ali.
Por fim, chegamos ao Ribeirão de Baixo. Lugar bonito, calmo, profundo. Algumas crianças da cidade se divertiam por lá. Gostei. De volta à pousada. Foi um passeio incomum para a maioria dos turistas.
De noite, fui jantar (um PF delicioso) no restaurante da Zilda.


* 3º dia - Tinha programado fazer o passeio de Marimbus (o mini pantanal), mas como havia chovido muito durante a madrugada, Carlinhos não aconselhou, pois havia o risco do rio estar muito cheio e não poder pegar o barco. Então... ele sugeriu a Cachoeira do Mosquito. Só que ele disse que a agência queria R$ 240,00 no carro (c/ um guia autorizado). Achei muito caro e desisti. Ele sugeriu de irmos à Cachoeira da Mandaçaia. Alguém conhece?? RSS A trilha é mais puxada. Por isso pegamos mototáxis, que nos deixou na região do Barro Branco (são cerca de 6 km a partir do centro de Lençóis, percorrendo uma estradinha de terra e pedras). De lá, iniciamos nossa caminhada em meio a mata (que Carlinhos conhece como ninguém). Tive algumas dificuldades e pensei em desistir no meio do caminho. Encorajada e com o apoio do guia, paramos em uma toca de garimpeiro para descansar, tomar fôlego e colher mangas do pé. Após algumas horas de subidas, descidas, atravessando riachos, chegamos a um lugar fantástico: a Cachoeira da Ferradura, próxima à Cachoeira da Mandaçaia. Um lugar que não existia na minha imaginação e que tira da gente as palavras da boca. Fiquei em silêncio, só apreciando. Não deu pra ir até a Mandaçaia porque o rio tava muito cheio. Ficamos por ali mesmo. Bom demais! Boom demais!
De volta a Lençóis, jantei um bom PF no Beco’s Bar (Comida caseira da Ivandira) e caminhei pela cidade.


* 4º dia - Nesse dia fiz passeio de turista rsss. Era o roteiro 1 (R$ 130,00 c/ taxas incluídas), que compreende Rio Mucugezinho, Poço do Diabo, Gruta da Lapa Doce, Gruta da Pratinha, Gruta Azul e Morro do Pai Inácio. Fui com agência de turismo, um grupo falante e um guia razoável – digo bom. O único imprevisto (previsto) foi que na Pratinha a água não estava tão cristalina como é, por conta da chuva que levou água barrenta do rio. Não entrei na água. O mergulho de flutuação não estava acontecendo, só a tirolesa. Pra mim, o que mais valeu foi a gruta da Lapa Doce – bem legal.


* 5º dia – Peguei o ônibus pra Palmeiras e de lá uma van pro Vale do Capão. Cheguei lá no meio da tarde. Adorei a vila colorida, com um pessoal bem alternativo circulando. Almocei num dos pequenos restaurantes de comida caseira. A vila tem um apelo bem naturalista e de preservação ao meio ambiente. É um lugar incomum, mas bem legal. De noite a vila fica lotada de pessoas pelas ruas, pelos bares e restaurantes, pelas lojinhas que vendem artesanato local entre outras coisas. Assisti uma apresentação de capoeira do grupo local. E fiquei na pracinha apreciando o movimento. Clima agradável. Dei um pulo em uma lanhouse onde também fiz algumas ligações (já que é difícil de ter sinal de telefonia celular por lá).



* 6º dia – Na manhã seguinte caminhei pelas ruas fotografando tudo que achei interessante. Tomé café num lugar muuuito bom: “O galpão” – comida natural, fresquinha, e preço bom. Depois, um táxi me levou até a pousada Villa Lagoa das Cores (R$ 25), que fica a uns 3 km da Vila. Essa pousada é fantástica (e mais cara do q nós, mochileiros estamos habituados a pagar). Resolvi me dar esse presente no último dia da viagem. Piscina, café da manhã maravilhoso, templo e jardim de meditação, uma pequena trilha que dá num mirante maravilhoso, horta, redário... e alguns serviços pagos à parte (massagem, ofurô, sauna panorâmica e outros). Os donos são gente boa. A pousada é um charme só. Linda, aconchegante, um chuveiro delicioso... rss. De tarde fui andando até o Riachinho (3km da pousada + ou – e uns 6km da Vila). Lugar bonito, onde dá pra tomar banho e ficar por lá fazendo nada. Voltei tomando banho de chuva!! Huhuuu! Também participei da hora do mantra com direito a chazinho e tudo. Adorei! De noite, fui ao restaurante chiquérrimo que fica dentro da pousada (com cardápio com comida natural e gostosa).


7º dia – No dia anterior, liguei da pousada pra um cara (José Augusto) que leva o pessoal da Vila para Palmeiras, de van. Combinei e ele passou lá pra me pegar (R$ 10). Em Palmeiras, pequei o ônibus pra Salvador. O bom, foi que o ônibus foi pontual (o pessoal diz que eles sempre atrasam). Dia de sorte!!! Dessa forma, me despedi da Chapada... Mas eu volto. Ahh se volto!!!




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